quarta-feira, 20 de junho de 2012

Stº António Da Neve

Stº António Da Neve
Fomos hoje até ao Stº António da Neve.                                   
Até ao Cabeço do Pereiro, melhor dizendo, bem no alto do Concelho de Castanheira de Pera, em plena serra da Lousã.
Hoje, dia 17 de Junho de 2012, muitas são as famílias, grupos de amigos ou simplesmente o ‘peregrino’ que deseja estar em harmonia com a sua devoção e a natureza.
Celebrando-se o culto a Stº António, ali conhecido como ‘das Neves’, mais tarde abreviado para Stº António da Neve, o Cabeço do Pereiro é palco das mais diversas manifestações durante todo o dia, iniciando-se as mesmas bem cedo.
Facilmente se encontram grupos de Amigos ou Famílias com o farnel disposto sobre o chão, confraternizando uns com os outros, em alegre e saudável convívio. Para além das várias ‘barracas’ de vendedores que por ali aparecem para vender e mostrar os productos que trazem.
Hoje não foi diferente.

A missa seguida de procissão, durante a tarde, levou a que ainda mais algumas centenas de pessoas se dirigissem propositadamente ao Stº António da Neve para o acto religioso. E o dia terminava com a continuação do convívio como tinha começado.
Filipe Lopo

1 comentário:

  1. Caro amigo, já vi que estas envolvido em mais um projecto, assim aqui vai para te ajudar e dar a conhecer a nossa linda terra...parabens

    A viagem começa no vale de Castanheira e serpenteava até ao cume perto dos 1000 metros de altitude, depois a descida, alucinante pelas encostas escarpadas da serra da Lousã. Do cimo da serra avistava-se quase todas as curvas salientes da estrada, muradas em toda a sua extensão, de paredes de xisto e giestas, que adoçavam o caminho, com odor agradável quando floridas. Cascatas de água límpidas e frescas irrompiam abruptamente por entra rochas escarpadas, e corriam livremente por entre barreiras à beirinha da estrada, formando pequenos lagos de água cristalina.
    À medida que perseguiam pela estrada o barulho da água, delineavam-se os degraus em xisto colocados pelo homem transmutam-se em degraus naturais esculpidos na rocha pela natureza.
    Após atravessar mais uma ponte suspensa por pedra mágica, a visão é recompensado pela frescura da ribeira. É altura para uma pausa necessária para repor as forças antes de prosseguir viagem até chegarem à cidade da Lousã.
    Na serra avistam-se pequenas aldeias entrincheiradas por ruas estreitas, atravessando labirínticos pátios e curiosas quelhas. Pela serra abaixo podem-se, avistar os telhados dispostos num mosaico perfeitamente integrado na magnificência da Serra da Lousã.
    Há ainda muitas outras Aldeias do Xisto para descobrir, há também que ir obrigatoriamente ao alto do Trevim (o ponto mais alto da serra, com 1204 m, onde em dias limpos é possível avistar o mar), ou ao Santo António da Neve visitar os seus neveiros, possivelmente um caso único no país.
    Porém, nesta serra há sempre uma satisfação íntima quando se acede ao seu ponto mais alto, onde o vento corre sem peias e onde o olhar se alonga em absoluta liberdade, sente-se a proximidade dos caminhos do céu.
    Lá do alto e olhando para fundo, observa-se a ribeira de São João, que mais à frente toma o nome de rio Arouce... e a partir dali, vale abaixo, as Acácias como um exército triunfante parecem querer tomar conta da serra.
    As casas muito juntas nascem do chão como espigões. A separá-las, vielas estreitas e sinuosas que dão a perfeita ideia de labirinto.
    Em dias de boa luz avista-se do lado Poente: A serra do Buçaco, a Bairrada, a serra da Boa Viagem e o Atlântico; do lado Sul: o vale da Castanheira o Espinhal, o maciço de Porto de Mós e o próprio Ribatejo, até Marvão; a Nascente: a serra da Gardunha e os longes das serras da Gata e de Gredos; a Norte: os penedos de Fajão, o Colocorinho, os Cântaros da serra da Estrela, a serra do Caramulo e a Gralheira. Esta serra é de facto um dos grandes miradouros de Portugal Continental.
    Esta é de facto uma serra grande, que não se compadece com um passeio apressado e menos ainda por uma espreitadela desta ou daquela curva da estrada.
    É uma serra para se revisitar uma, duas, muitas vezes, percorrê-la a pé, ou então de jipe, pois não há outra maneira de a conhecer profundamente.
    Diamantino Gonçalo
    "Um Castanheirense na praia da Nazaré"

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