quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

TEMPESTADE EM CASTANHEIRA DE PERA

TEMPESTADE EM CASTANHEIRA DE PERA


De facto poderia ser uma imagem de um qualquer filme vindo de outra parte qualquer do mundo.
Mas passou-se no concelho de Castanheira de Pera.
Pelas 13H15, sensivelmente; um enorme estrondo vindo de um trovão, abalou de forma inusitada os edificios mais consistentes.
Nós sentimos o local onde nos encontráva-mos na altura, a 'tremer', como que um tremor de terra. (sismo) tivesse atingido o centro da Vila de Castanheira de Pera.
Mas não se tratava de nunhum sismo. Era mesmo o resultado do trovão que todos sentiram. E todos questionavam onde poderia ter caído, Muitas eram as respostas... ...
Minutos mais tarde vinha a confirmação do local onde provávelmente teria caído o raio de tal trovão:
- Carregal Fundeiro.
Da aldeia a sul de Castanheira de Pera, chegava-nos a noticia de que havia alguns prejuizos avultados causados pela trovoada.
Cerca das 16H00 deslocámo-nos até ao Carregal Fundeiro e o que ainda nos foi possivel ver, atestou bem da violência e da força com que aquele raio e trovão. se abateu sobre aquela pequena localidade.
Os postes de eletricicidade (EDP) estavam sem lâmpadas: - estas tinham sido 'arrancadas' das armaduras e, pelo menos num caso, o poste de cimento tinha parte deste arrancado, literalmente, no cimo, em práticamente toda a volta. Os cabos, em alguns casos, estavam cortados e espalhados pelo chão!

Os postes de telefone  em madeira (Telecom) estavam com as caixas rebentadas e os cabos respectivos cortados e num amaranhado dificil de explicar.
Sem luz e com prejuizos nas próprias habitações, a população telefonou para os numeros respectivos e a EDP de imediato ali colocou diversos grupos para tratar do problema.

Nas residências por nós visitadas, eram visiveis as caixas do sistema eléctrico e de telefone com as tampas arrancadas e os cabos visivelmente queimados.

Noutros locais via-se ainda buracos em algumas paredes de onde pedaços de cimento tinham sido arrancados e  projectados.
Lâmpadas arrancadas dos suportes, balastros queimados... vidros partidos e espalhados. 

Numa das residências só tinham escapado o frigorifico e a arca congeladora.
Os restantes electrodomésticos, computadores e plasmas, ficaram queimados.
A angústia de algumas das pessoas com quem falámos era evidente: 
- "E o susto que apanhei, Sr. Filipe?"
- "Olhe, fartei-me de gritar... nunca vi nada assim"...
- "Ali, na casa da vizinha, até as caixas sairam das paredes, Sr. Filipe..."


As frases mostravam a dor e a angústia de todos com quem nos encontrámos.
Na Serração, empresa que está instalada já há saida do Carregal Fundeiro, perto da entrada da Moita; soubemos depois, um dos motores incendiara-se ... literalmente. Não conseguimos falar com algum responsável, mas afiançaram-nos da veracidade da noticia.
Enquanto a nossa conversa se desenrolava, outro amigo nos chamava:
- "Queres ver ali como ficou um dos barracões do Manel? Vem comigo".
Lá fomos.
Ali perto, no Carvalhal; um barracão de arrumações estava danificado. 
Danificado? Não! Uma das esquinas na parte superior tinha sido arrancada literalmente. Construido em blocos de cimento, um enorme buraco mostrava por onde teria passado o raio.

A lâmpada de cerca de um metro de comprimento, tinha sido arrancada e 'voado' para a parade oposta, no chão.

 Vento fortissimo aliado á chuva e algum granizo (pedra) que caíu, foram companheiros de uma tarde diferente em Castanheira de Pera.
Durante toda a tarde chegaram até nós noticias de outros prejuizos causados por esta inesperada tempestade por algumas outras localidades do Concelho. No entanto, o Carregal Fundeiro sentiu de forma diferente o impacto da força destruidora pela passagem de breves minutos de uma trovoada como não há lembrança nos mais velhos daquela pequena localidade.
Felizmente não havia feridos, nem vidas estavam em risco.
Para recordação ficou o susto da tarde dia 16 de Fevereiro de 2011.

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